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Como é o mercado de seguros no Brasil?

Como é o mercado de seguros no Brasil?

Publicado em:
19
/
07
/
2022

O setor de seguros vem mudando gradualmente nos últimos anos. O negócio, que antes era estável e previsível, não é mais assim. As mudanças climáticas vêm impactando os perfis de risco, as necessidades de distribuição se tornaram omnichannel e o foco não está mais tanto no produto, mas especialmente no cliente.

Durante todo esse tempo, a crescente adoção da tecnologia alimentou cada vez mais o crescimento do mercado e um novo ecossistema de players (insurtechs) ameaça abalar as tradicionais companhias do setor.

Se por um lado há espaço na maioria dos segmentos para vários participantes, nem todas as alavancas competitivas estão total ou igualmente disponíveis para todos.

Em 2020, o isolamento social provocado pela pandemia do COVID-19 desencadeou uma desaceleração econômica global que foi perceptível no mercado de seguros: o crescimento dos prêmios desacelerou e os lucros caíram. 

Fonte: Susep

Ainda assim, o tamanho do mercado deve atingir, de acordo com estimativas recentes da Accenture, um valor global de US$7,5 trilhões até 2025.

De fato, a Indústria de Seguros está passando por uma fase de grande mudança interna, evolução e, de certa forma, uma verdadeira revolução.

A crescente população de classe média em economias em desenvolvimento, como o Brasil, está impulsionando essa demanda. Vejamos, na prática, como o cenário nacional tem se posicionado neste momento.

Principais tendências do seguro nacional

A atividade seguradora no Brasil produz um volume de negócios correspondente a aproximadamente 6,4% do PIB nacional, considerando-se  a participação da Saúde Suplementar, ou 3,5%, sem a movimentação dessas operadoras.

“O segmento segurador é líder em movimentação na América Latina, com quase 44% das vendas regionais (ou US$ 57,6 bilhões, segundo dados de 2020), e 18º no ranking mundial”. 

Confederação Nacional das Empresas de Seguros Gerais, Previdência Privada e Vida, Saúde Suplementar e Capitalização (CNseg) 

O mercado segurador brasileiro se adaptou rapidamente ao trabalho e à prestação de serviços de maneira remota, sem interrupção dos negócios e atividades do setor. Pelo contrário, as propostas continuaram sendo examinadas, os segurados atendidos e os sinistros pagos, demonstrando a capacidade de usar a tecnologia para garantir a continuidade e confiabilidade do setor.

Dito isso, as principais tendências desse mercado têm sido bastante diversificadas, dependendo do ramo específico que se está sendo avaliado. Por exemplo, houve uma redução considerável no número de sinistros relacionados ao seguro de carro em decorrência da quarentena e o modelo “pay-per-use” ganhou evidência.

Por outro lado, o seguro de risco cibernético, pouco comentado, passou a possibilitar um enorme potencial de crescimento, tanto pela intensificação da digitalização de processos no pós-pandemia, quanto pela nova Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). Atualmente, esse mercado está composto da seguinte forma:

Fonte: CNSeg

Se essa indústria acabou levando mais tempo para abraçar a revolução digital do que outros setores, agora todos esses impedimentos parecem ter sido absorvidos e o setor abraçou totalmente a transformação digital. 

Pensando nisso, é crucial estar atento às novas tendências que estão surgindo para as empresas que fornecem produtos e serviços securitários. Afinal, aqueles que conseguirem aproveitar essas oportunidades antes da concorrência garantirão uma vantagem competitiva fundamental. 

  1. A revolução Insurtech

O termo Insurtech deriva da combinação de Seguros e Tecnologia. A revolução insurtech nasceu inicialmente de startups inovadoras , que souberam aproveitar a abertura do mercado e implementar novas tecnologias digitais de forma muito mais ágil do que as grandes empresas. 

Agora, porém, o quadro mudou. Os gigantes da indústria aprenderam com essas iniciativas e, em muitos casos, buscaram aquisições ou parcerias sólidas e benéficas. Por isso, para todo o setor, colocar a tecnologia como um pilar central está se tornando um impulso cada vez mais forte. 

  1. Busca por uma maior retenção de clientes

Segundo a Callminer, a Indústria Seguradora possui a terceira maior taxa de churn planejado.  Se em 2018 essa taxa era de 19,5%, agora estamos em aproximadamente 22,5%.

E, de acordo com estudos da Bain & Co., custa de 6 a 7 vezes mais conquistar um novo cliente do que reter um por meio de uma experiência satisfatória.

Fonte:Clicksign

Assim, o verdadeiro desafio para o futuro está na capacidade das empresas do setor de reter seus segurados, construindo um caminho de transparência, engajamento e fidelização, abandonando as velhas práticas coercitivas que foram historicamente contraproducentes.

  1. Atendimento orientado por dados

Sem dúvidas, a maneira mais eficaz de criar um relacionamento com seus usuários é estabelecer um diálogo sob medida com base nos perfis de risco individuais, mas também nas suas características, necessidades e desejos.

Graças a possibilidade de coleta, análise e interpretação dos dados, empresas podem ter uma imagem muito precisa de seu público, iniciando um diálogo verdadeiramente um a um.

Um setor em expansão constante

Mais de 70% da população da América Latina agora tem acesso a um smartphone que os conecta à Internet e permite coletar dados precisos e em tempo real sobre incidentes que podem ajudar as seguradoras a fazer sinistros mais rapidamente. 

No Brasil, em 2021, 81% da população acessou a internet, segundo o Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação.

De modo geral, o cenário atual representa um grande desafio para o mercado segurador brasileiro, mas também apresenta muitas novas oportunidades de negócios. Os números apresentados no ano passado evidenciam essa realidade:

  • 49 milhões de beneficiários de assistência médica (fonte: ANS);
  • de 29 milhões de beneficiários de planos exclusivamente odontológicos (fonte: ANS);
  • de 11 milhões de residências seguradas (fonte: FENSEG);
  • 19,7 milhões de veículos segurados (fonte: FENSEG);
  • 14 milhões de hectares são protegidos pelo seguro rural (fonte: MAPA);
  • 18 milhões de planos de previdência coletivos e individuais (fonte: SUSEP);
  • 3,5 bilhões de Títulos de Capitalização ativos (fonte: FENACAP).

Portanto, se o mundo pós-pandemia está dando origem à reinvenção de produtos, inovação e mitigação de riscos a que estamos expostos, o fato é que, mais do que nunca, permanece latente a necessidade do setor segurador de produzir soluções para resguardar os seus usuários com o apoio e o suporte da tecnologia nesta jornada. 

A parceria entre a Clicksign e a Porto Seguro mostra, na prática, como é possível fazer negócios de forma cada vez mais ágil, rentável e alinhada às tendências de transformação digital.

Dito isso, Se você deseja digitalizar os seus processos, como fazem as principais empresas do mercado, de uma maneira aplicável e juridicamente válida, não perca tempo e conheça agora nossos Planos e Preços.