Legal Design e Visual Law: a inovação do judiciário!
Você já ouviu falar sobre Visual Law e como esse conceito voltado ao Legal Design tem revolucionado os documentos judiciários? A transformação digital chegou em todos os setores – isso você já sabe –, e no direito não seria diferente. Já falamos disso no post: Direito e Tecnologia — Mudanças e Tendências.
Se quer ser um advogado do futuro, tem de começar a se antenar e inovar hoje. E pensando nisso, a Clicksign descomplica para você esse conceito para que, em sua atuação jurídica, ele possa ser aplicado em favor do seu cliente e da sociedade. Vem conosco!
Entendendo o Legal Design
Antes mesmo de passarmos à explanação do que é o Visual Law e como é possível aplicá-lo em um escritório de advocacia, é preciso abordar a conceituação de legal design.O legal design nada mais é do que a aplicação de ferramentas, princípios e elementos do design na concepção de um produto ou serviço jurídico. A finalidade específica dessa atuação é justamente para melhorar a tão citada experiência do usuário – hold that thought, já já vamos te explicar quem é ele!Se no design, objetos e produtos são criados e transformados de modo a se adequar à função a que são destinados e atuar na resolução de problemas, no Legal Design, os documentos jurídicos devem, obrigatoriamente, seguir os critérios técnicos pré-estabelecidos pelo judiciário para sua produção, mas com um plus: de aproveitar-se de ajustes estéticos para inovar e se fazer entender.Resumindo, o Legal Design é uma união muito bem concebida entre o design (para criar documentos entendíveis e utilizáveis), a tecnologia (para aumentar a eficácia dessa produção) e a lei (para promover a justiça social, individual e coletiva ao garantir direitos e deveres).Destaca-se que existem vários tipos de Legal Design, mas hoje queremos destacar o Visual Law.
O que é o Visual Law?
Ele é uma bifurcação do Legal Design focado na produção de conteúdo pelo advogado. Espera-se, por meio do Visual Law, que os projetos elaborados pelos profissionais jurídicos como petições, peças, pareceres, relatórios, etc., sejam feitos de forma mais simplificada e acessível de acordo com cada destinatário.Os pontos basilares do Legal Design são aplicados aqui, no sentido de:
- focar na redução de textos em documentos para estes sejam mais objetivos;
- evitar o uso de "juridiquês" e outras palavras de difícil entendimento, sem fugir da norma culta;
- evitar a poluição textual ou visual;
- utilizar iconografias, fontes legíveis e de cores interessantes;
- pensar sempre na hierarquia das informações e como eles devem ser recebidas para serem compreendidas;
- utilizar recursos visuais com propósito, e não apenas para deixar o documento atraente.
Assim, para que os fins da comunicação adequada e melhora da experiência do usuário sejam alcançados por meio dessas estratégias, é preciso apostar no uso de linguagem acessível, textos diretos e concisos e técnicas visuais por meio de infográficos, vídeos, imagens, linhas do tempo e até QR codes.Mas cuidado! Repete-se o ideal de que tudo isso deve ser usado com prudência, afinal o objetivo do Visual Law não é embelezar o documento jurídico.
Objetivos do Visual Law
Veja bem, hoje utilizamos o nome Visual Law, mas em outras oportunidades o direito já utilizou-se de outras ferramentas – como o marketing digital jurídico – para facilitar o acesso à Justiça.Porém, merece-se destacar a adoção do Visual Law pelos profissionais jurídicos e pelo Poder Judiciário para:
- democratizar o acesso à Justiça, pela simplificação de conteúdos;
- dar rapidez ao trâmite processual, pela produção de documentos jurídicos claros e concisos;
- diminuir o abarrotamento dos Tribunais Recursais pela desnecessidade da reforma de decisões por obscuridade, dúvida, confusão ou contradição textual – seja pela petição do advogado ser mais clara, ou pela decisão do magistrado ser facilmente filtrável;
- desjudicializar a resolução de conflitos por meio de negociações amigáveis.
Ademais, essa é uma área que faz o uso maciço de inovações tecnológicas como a assinatura digital, o certificado digital e o uso frequente de API's, e engana-se quem imagina que dá para viver no passado só porque essa é uma profissão tradicional.
Experiência do usuário no Visual Law: quem é ele, afinal?
O usuário do judiciário pode ser você como pessoa física ou jurídica, como também o magistrado de primeiro grau, o colegiado de segundo grau, os ministros dos Tribunais e até a população em geral.É claro que para cada caso há um destinatário final do documento jurídico, e muito provavelmente ele será algum dos ocupantes das cadeiras de magistratura – o juiz –, mas adaptar a comunicação jurídica pode ser eficiente para todos os outros atores citados.A atuação dos profissionais do âmbito jurídico é voltada a diversas frentes: desde a proteção social e coletiva até a defesa de direitos e deveres individuais. E não se pode negar: ambas são – e devem ser – técnicas, afinal o conhecimento jurídico faz a diferença. Mas cá entre nós, já foi-se o tempo em que só se acreditava na judicialização como solução.Em suma, é possível dizer que a experiência do usuário no Visual Law depende de cada caso, mas que é possível afirmar que ela pode ter como destinatário desde o próprio poder judiciário e seus atores como também os clientes de escritórios de advocacia e a sociedade em geral.Afinal, quem não gosta de entender seus direitos, não é mesmo? A promoção do acesso à justiça começa muito antes de alguém precisar diretamente da atuação ativa do judiciário, e o Visual Law surgiu em Stanford justamente para garantir, onde fosse, a efetividade na entrega da informação jurídica.O Visual Law pode começar em um contrato ou em um relatório, e até no STF ele pode ser muito bem recebido. Aposte!Se você deseja digitalizar os seus processos, como fazem as principais empresas do mercado, de uma maneira aplicável e juridicamente válida, não perca tempo e conheça agora nossos Planos e Preços.